segunda-feira, 22 de novembro de 2010

“Dize-me com quem andas e te direi quem és.”





Quem é a sua companhia nesse momento? Não a companhia que vem de fora, da pessoa ao seu lado. Aquela companhia que está sempre contigo, aonde quer que você vá, dia e noite, anos após anos. Essa que você não consegue dispensar nem que queira.
Quem é ela? Você a conhece, reconhece, nos momentos bons e nos ruins? Ou é  desconhecida,  você não sabe lidar, te assusta em alguns momentos e  te consola em outros?
Precisamos conhecer essa companhia constante, aquela que nos seguirá sempre, quer tenhamos consciência dela ou não. E isso vem através do conhecimento, do autoconhecimento, da percepção da nossa sombra e da nossa luz.
Aprender a conhecer nosso veículo nessa pequena viagem, nosso corpo, reconhecer suas marcas, suas dores, seus prazeres, sua alegria, seu desconforto, vai nos permitir conhecer essa companhia.
Conhecer e aceitar nosso barco, seus equipamentos para a grande travessia do oceano,  torna essa travessia menos assustadora, mais emocionante, mais bela.
Tudo o que temos que fazer é apreciar cada paisagem, cada parada, agradecer por cada dia, deslumbrar-se com a delicadeza de cada nascer e por de sol, mesmo que esse sol durante o dia seja poderoso, intenso, feroz, mas se soubermos lidar com essas potencialidades seremos abençoados por sua luz, e aguardaremos a benção de um novo dia, e novamente contemplaremos a delicadeza do seu nascente e seu poente.
E nesse intervalo de descanso, teremos a serenidade da lua a nos proteger, iluminando a nossa noite, trazendo-nos as bênçãos do conhecimento, através dos nossos sonhos, desde que estejamos atentos para esses presentes que nos é entregue através de símbolos.
Precisamos conhecer esse barco, precisamos saber lidar com todos os nossos instrumentos, não focarmos nas cracas que estão no fundo do casco, faz parte, todos os barcos grandes ou pequenos levam suas cracas, mas elas não fazem diferença, se soubermos  manejar bem os instrumentos, e aceitarmos que as cracas fazem parte da travessia.
Durante o dia permanecemos atentos aos sinais dos céus e da terra, nossa intuição e nosso corpo, nossa respiração e nossos pensamentos, nossas emoções e nossas atitudes, nossos valores e nossas crenças. São nossos instrumentos, nossa bussola, nosso guia, nossa direção. O barco precisa de comandante, e esse comandante precisa estar atento a todos os instrumentos disponíveis, para usá-los em todas as situações.
É assim que saberemos quem somos, e quem são nossas companhias,  quem permitimos entrar nesse barco sagrado e nos acompanhar nessa linda viagem. Somos os comandantes, e nesse barco só entrará quem permitirmos. Nossa segurança está em jogo. Temos um prazo limitado para chegarmos ao destino. Nesse mar há muitos caminhos, muitas rotas e muitos desvios. Nada assustador, se conhecermos os equipamentos e os sinais. O oceano sempre será uma grande aventura, onde passaremos por tempestades e bonanças, apreciaremos lindos amanheceres e lindos por de sol, contemplaremos a natureza, desde que nos permitamos sair do convés  e olhar em volta.

Elisabete Parra
Professora de Yoga e Psicoterapeuta
Fone: (11) 7461-5124 – e-mail: beteparra@gmail.com

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